Por Guilherme Bini*
Neste momento das graves enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, muitas pessoas têm entre seus bens atingidos o automóvel, que podem sofrer danos parciais ou totais. Porém, como saber se o veículo segurado conta ou não com cobertura para essa situação? Existem modalidades diferentes de contratação. Qual delas oferece a cobertura?
Uma
informação essencial de se ter é que a cobertura do seguro vai depender
da modalidade contratada. Basicamente, existem três opções de
contratação de seguro para o veículo, sendo que somente uma oferece
cobertura para esta situação, que é o Seguro Total ou Compreensivo. No
entanto, é necessário que o segurado entre em contato com a sua
seguradora, realize o aviso de sinistro e inicie os trâmites de
regulação do processo, remoção do veículo, vistoria, entre outros. Porém
nem tudo tem cobertura incluída de forma automática. Acessórios como
rádios, rodas, vidros, retrovisores e faróis necessitam da contratação
de cobertura adicional para, assim, poderem garantir sua indenização.
Igualmente,
existe o Seguro RCF-V, tipo de cobertura que serve apenas contra danos a
terceiros. Isso quer dizer que, nesta modalidade, não há cobertura para
o veículo, pois esta é contratada apenas para danos causados a
terceiros, ou seja, danos materiais ou corporais. Aqui são indenizadas
as despesas com consertos de veículos de terceiros, despesas com danos
pessoais e corporais aos passageiros, pedestres ou outros envolvidos no
acidente, além de danos morais.
Por último, o Seguro Auto Roubo e
Furto. Esta cobertura é uma das mais tradicionais e prevê pagamento de
indenização integral ao segurado se o veículo for levado por criminosos.
As
seguradoras que concentram a maioria dos segurados impactados com a
tragédia que se abateu no estado sulista destacaram equipes para
garantir agilidade no pagamento de indenizações a seus segurados. No
entanto, é essencial reiterar: é importante que se entre em contato com o
corretor de seguros ou diretamente com a seguradora para avaliar o que é
possível ser feito. Desta forma, é possível mitigar minimamente em pelo
menos um aspecto diante dos grandes estragos que as enchentes vêm
causando no estado gaúcho.
* Presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (Sindsegrs)
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