Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC) já realizou mais de 2 mil transplantes


 Cerca de 88 doações de córneas são recebidas pelo Banco de Olhos do hospital


O Banco de Olhos do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), registrou um aumento de transplantes de córneas. Desde 2007 foram realizados 2.500 transplantes pelos médicos do HOC. O hospital tem recebido cerca de 88 doações de córnea por ano, um total de 1.408 doações nos últimos dezesseis anos, o que corresponde a 2.816 córneas doadas para pacientes, em fila de espera, que aguardavam a cirurgia. 


O Coordenador Técnico do Banco de Olhos do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), Alexandre Roque, comentou da importância da doação de córneas para os que enfrentam problemas de visão, e como o transplante tem sido a solução a longo prazo para esses pacientes, melhorando sua saúde e qualidade de vida. 


“A córnea é um tecido transparente e protetor localizado na parte anterior do globo ocular, tem um papel crucial na promoção de uma boa visão. Quando a córnea se torna opaca ou sofre danos que não podem ser corrigidos por meio de tratamentos médicos convencionais, o transplante se torna uma alternativa para reparar esses danos e proporcionar a restauração da visão do paciente ”, afirma.


O Coordenador ainda cita quais causas podem comprometer a saúde da córnea, levando à necessidade de um transplante: “Doenças oculares, lesões traumáticas ou infecções são algumas das causas que podem resultar em danos irreversíveis a esse tecido fundamental”.


Alexandre destaca que se o transplante de córnea for bem-sucedido, a visão pode ser restaurada em mais de 90%, em casos de deficiência visual. A cirurgia acontece quando a córnea danificada do paciente é retirada e substituída por uma córnea saudável do doador. 


O perfil dos receptores de transplantes de córnea é diverso. No geral, 50,7% são homens e 49,3% são mulheres. As pessoas entre 40 e 69 anos representam a maioria dos pacientes, correspondendo a 39,2% dos casos, seguidas pela faixa etária de 20 a 39 anos, com 27%. Idosos com mais de 70 anos representam 25% dos casos, e crianças e adolescentes são a minoria (8,4%).

Alexandre ressalta um dos problemas enfrentados por quem aguarda o transplante de córnea: “A falta de profissionais disponíveis no momento em que a família está presente junto ao ente querido, possível doador, para entrevistar e solicitar a doação para transplantes resulta em longas listas de espera e, em alguns casos, a perda irreversível da visão daqueles que necessitam de uma doação”.

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